sábado, 12 de junho de 2010

Conversando sobre dificuldades...

Conversava com uma amiga sobre as dificuldades que enfrentamos ao seguir a Deus. O maior problema que nos deparamos, hoje, é o pecado que carregamos conosco, nossas limitações que ainda não superamos. Nos prendemos a necessidade de superá-los de tal forma, que, quase, tomamos isso como desculpa para não cumprir a vontade de Deus. Por fim, concluímos que nossas limitações não devem nos limitar (controverso, não?!), devemos, literalmente, atropelar nossos pecados, enquanto corremos em direção a Deus, passar “voados” pelas limitações, como se não existissem – afinal, de que importa sermos fracos, quando temos um Deus que é o Deus do impossível?! – para cumprirmos a vontade do Pai. Ao passo que fizermos isso, naturalmente superamos nossos pecados, basta começar. Como diz a música do Frutos de Medjugorje, é preciso querer “mais e mais e mais” (e por aí vai...) buscar a Deus, querer essa “resposta a nossa sede de infinito”, a esse vazio que muitas vezes sentimos. Já comecei a correr, quem me acompanha?

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Angústias de um Discernimento

Sofrer as demoras de Deus. Frase impactante, né?! Mais ainda quando tento viver.
Discernir a Vocação, ou uma Vocação específica, requer oração, paciência, ouvir, ver, sofrer. Mas como? Sinceramente, também não sei. Só sei que a cada dia Deus me pede mais, a cada dia me apaixono mais pela Missão, mesmo sem entender, pois, às vezes, consigo perceber os detalhes e ver como aquilo que parecia normal ou até insignificante pra mim, faz a diferença chegando a mudar a vida de alguém.
Ultimamente tenho entendido na pele aquela frase no meu discernimento. Controlar minhas vontades e desconstruir meus sonhos tem sido mais difícil do que imaginava, mesmo sabendo que seria difícil pra caramba.
Engraçado como, às vezes, tem sido mais fácil um amigo no seu sofrer e sofrer com ele, do que viver meu próprio sofrimento em Deus.
A cada dia corro o risco de me envolver mais com meu maior sonho, casar, sonho esse que tento desconstruir para que Deus reconstrua da forma dEle, o que só gera ainda mais sofrimento, não que seja uma coisa de todo ruim, mas por ela eu me uno a Deus.
Chego a conclusão que discernir a Vocação é coisa pra macho, pra mulher de fibra (na falta de uma palavra equivalente no feminino. (Conhecendo alguma, meninas, por favor comentem). Lutar, chorar, rezar, gritar, pular, sorrir, enfim, tudo dever ser entregue a Deus em prol desse discernimento, para que com o tempo a vontade de Deus seja também a sua.
Isso é tristeza? Não, pelo contrário. São a mais pura alegria!

terça-feira, 1 de junho de 2010

Ficar: Atitude infantil

Façamos uma análise das atitudes de uma criança para entender melhor o “Ficar”:
Toda criança quando quer alguma coisa, quer na hora, rápido, sem restrições. É natural dela. O que ela faz? Pede aos pais, se os pais não quiserem dar, ela insiste, chora, faz tudo o que puder para tentar convencê-los, não conseguindo procura outros meios de conseguir, seja por meio de outros parentes, seja escondido.
O “Ficar” surgiu assim. Havia a necessidade de beijar alguém, mas é algo natural de namorados. Namorar é complicado, envolve conquista, discernimento, paciência com o outro, entre outras coisas. A pessoa, naturalmente pensando como criança, viu que não conseguiria o que queria, e começou a pensar numa forma de conseguir o que queria sem trabalho, esforço, dificuldade. E encontrou a solução, “Ficar”. Conseguiu convencer um, dois, três e criou-se a moda hoje conhecida como “Ficar”.
“Ficar” é se aproveitar de alguém para satisfazer sua vontade de beijar imediatamente, podemos ouvir, “mas, eu pretendo namorar com a pessoa”, eu respondo: Então pra que ficar?. Já ouvi absurdos do tipo: “e se fulano(a) não beijar bem?”. Resposta: Se você se preocupa com isso, com algo tão pequeno, você não ama a pessoa o suficiente para namorar.
A Igreja define o namoro como o próximo passo da amizade, um aprendizado para o casamento. Não há namoro sem amizade, muito menos casamento. A maioria dos “ficantes” não “fica” com amigos, por quê? Para não machucá-los muitos responderiam. Então não há a preocupação em machucar pessoas desconhecidas? Onde vai parar a juventude de hoje? “Ficar” já passou do limite “apenas um beijo”, e vocês sabem muito bem do que falo. Onde foram parar os valores? Onde foi parar o amor? A vontade de amar?